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A Filarmônica de Medellín faz história com sua primeira turnê internacional em 42 anos: Onde ela se apresentará?

A Filarmônica de Medellín faz história com sua primeira turnê internacional em 42 anos: Onde ela se apresentará?
Pela primeira vez em 42 anos, a Orquestra Filarmônica de Medellín viaja ao exterior com seu conjunto completo. Uma turnê de sonho, inesperada, com três programas em uma semana, que mostrará ao mundo a versatilidade e o calor da orquestra.
A emoção é sentida na voz de cada pessoa. Tami Daniel Rueda, diretora associada da Orquestra Filarmônica de Medellín, fala com um sorriso através de uma tela para o EL TIEMPO: “É algo profundamente histórico para nós”.
María Catalina Prieto, diretora executiva e artística, diz que esta turnê nasceu quase milagrosamente, de um chamado inesperado. David Merchán e Isabel Arango, músicos, estão entusiasmados para se apresentar em palcos icônicos como o Teatro Colón em Buenos Aires, Argentina.
Em 18 de maio de 2025, a orquestra Filarmônica embarcou em um avião pela primeira vez (com todos os 60 membros) a caminho de uma turnê internacional.
Em apenas uma semana, ele fará quatro concertos em três locais renomados: o Teatro Colón e a Movistar Arena, em Buenos Aires, e o Teatro El Círculo, em Rosário.
As apresentações mostrarão a alma da orquestra, capaz de interpretar de tudo, de Verdi ao rock latino.
Uma turnê que não estava nos planos
Tudo começou com dois shows em Medellín com a lendária banda uruguaia No Te Va Gustar, em fevereiro deste ano. "Fizemos isso para o 30º aniversário deles, com arranjos sinfônicos que eles nunca tinham experimentado antes. Os ingressos esgotaram duas vezes", diz María Catalina.
Exatamente 15 dias depois, ele recebeu uma ligação da banda: "Queremos fazer isso em Buenos Aires. Mas tem que ser com vocês. Sem vocês, não faria sentido."
O que parecia um elogio se transformou em um desafio logístico. “Você sabe o que é preciso para transportar 60 pessoas, abrigá-las e mover seus instrumentos?” ele lembra com uma risada.
E ainda assim eles conseguiram. Graças a uma corrida contra o tempo, alianças na Argentina e pura determinação, a turnê foi possível em apenas dois meses, algo normalmente planejado com dois anos de antecedência.
Preparar a viagem não foi fácil. O transporte de instrumentos como tubas e violoncelos exige um planejamento milimétrico. “Os violoncelos viajam em assentos de avião, como se fossem passageiros”, reflete María Catalina.
Muitos músicos tiveram que renovar seus passaportes. Até mesmo a equipe de logística e adereços está fazendo sua primeira viagem internacional.
Uma orquestra profundamente humana
Tami Daniel, que chegou há apenas dois anos como maestro convidado, lidera esta turnê com gratidão e admiração por seus músicos. “ Conhecer uma orquestra é como conhecer uma pessoa. Você aprende seus pontos fortes, seus jeitos de ser e cria uma sinergia.”

Na foto, a diretora da excursão Tami Rueda. Foto: Cortesia da Orquestra.

Para ele, não se trata apenas de uma turnê musical: é a consolidação de uma relação artística e humana.
“Esta orquestra não é rígida nem fria”, diz María Catalina. “É uma orquestra que nasceu na garagem de um maestro . Ainda parece uma família. Dá para perceber quando viajam juntos, quando se apoiam, quando comemoram como se fosse o primeiro dia.”
Isabel Arango diz que sente muita emoção, mas também comprometimento. Para realizar essa turnê, eles tiveram que ensaiar todos os dias, alguns até trabalhando em turnos dobrados.
Tami Daniel explica assim: “A Filarmônica de Medellín não é apenas tecnicamente boa. Ela tem um imenso calor humano, com músicos com histórias de vida marcantes.”
Cada ensaio, cada reunião pré-viagem, cada mala pronta carrega consigo um sonho coletivo. Os músicos sentem que têm uma responsabilidade com o país.
A turnê não é apenas um marco artístico, mas um gesto de fraternidade. “O concerto no Colón não mostra apenas a nossa música”, explica María Catalina. Também presta homenagem à união entre Argentina e Colômbia, que tem importante valor simbólico.
A rota
A turnê começa terça-feira, 20 de maio, com um concerto gratuito no majestoso Teatro Colón de Buenos Aires , às 11h. Lá, a Filarmônica apresentará El paraíso de Juan David Osorio (inspirado no romance de Jorge Isaacs), Paisajes caribeños de Ludsen Martinus, e a estreia argentina do Doble concierto para viola, bandoneón y orquesta de Daniel Ruggiero.

A orquestra se apresentando no Teatro Camilo Torres da Universidade de Antioquia. Foto: Cortesia da Orquestra.

Na quarta-feira, 21 de maio, e na quinta-feira, 22 de maio, a orquestra se unirá novamente ao No Te Va Gustar na Movistar Arena, em Buenos Aires, para duas apresentações de rock sinfônico que prometem repetir o sucesso de Medellín.
Por fim, na sexta-feira, 24 de maio, a turnê se encerra no Teatro El Círculo, em Rosário, com um programa clássico europeu: 'La forza del destino', de Verdi, 'Suite of Dances and Ancient Ares', de Respighi, e a Sinfonia nº 8, de Dvořák.
À medida que o passeio se aproxima, a emoção aumenta. “É uma alegria enorme, uma ilusão que nos preenche a todos”, diz María Catalina. Esta orquestra transformou o que significa ser um músico sinfônico na Colômbia. E agora você tem a chance de mostrar isso ao mundo.
A Orquestra Filarmônica de Medellín traz mais do que apenas partituras e instrumentos para esta turnê . São 42 anos de história, de sonhos que começaram numa garagem, de muitas horas de ensaios, de aprendizados compartilhados.
Agora, com todos os músicos sentados num avião, com os violoncelos como passageiros e com Medellín pulsando a cada nota, esta turnê se torna um ato de amor.
Amor pela música, pelo que ela representa e pelo que ela transforma. E também um ato que reconhece que o que eles fazem e quem eles são merece ser ouvido.
ANGELA MARÍA PÁEZ RODRÍGUEZ - ESCOLA DE JORNALISMO MULTIMÍDIA EL TIEMPO.
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