Gritos contra o prefeito de Pamplona e insultos a Pedro Sánchez durante a tourada de San Fermín.

Momentos antes da primeira tourada de San Fermín , em 7 de julho, a Praça de Touros Monumental de Pamplona recebe mais de 19.000 torcedores para o seu evento mais aguardado. Enquanto aguardam impacientemente o início, um apito longo e alto ecoa pelo ar quando o prefeito, Joseba Asiron, entra na tribuna oficial. "Fora, fora!", gritam alguns. "Pedro Sánchez, filho da puta!", gritam outros, lançando-lhe insultos.

Esta é a cena que se desenrolou esta tarde, registrada em vídeo por um repórter da ABC presente. Uma reação controversa, embora não totalmente inesperada, do prefeito de um partido, o Bildu , que promoveu o festival centenário de Sanfermín com um vídeo que não fazia referência a um touro, a uma corrida de touros ou a um santo, todos elementos essenciais da iconografia da Semana Grande.

A politização de um evento declarado Patrimônio Cultural Imaterial pela UNESCO foi consumada pela ação da plataforma Yala Nafarroa pela Palestina, que deu início ao chupinazo na sacada da Prefeitura com o grito de "Chega de genocídio! Libertem a Palestina!"

A cena descrita acima também contou com pelo menos uma grande bandeira palestina colocada nas arquibancadas. Um motivo repetido em todas as imagens das festividades deste ano, que envolveram multidões. Outras faixas exibem slogans e motivos pró-ETA. Há também aqueles que expressam seu descontentamento com o governo espanhol atualmente, com particular veemência contra o primeiro-ministro Pedro Sánchez. A praça de touros de Pamplona esqueceu brevemente sua atmosfera festiva e esta tarde se tornou um cenário de discórdia ideológica.