Um membro do Kneecap comparece a um tribunal britânico sob acusações de terrorismo.

Centenas de fãs do grupo de rap irlandês Kneecap deram as boas-vindas a um de seus membros, Liam Óg Ó Hannaidh, no Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, onde ele é acusado de apoiar uma organização terrorista por supostamente hastear uma bandeira do Hezbollah em um de seus shows.

Agitando bandeiras irlandesas e palestinas, um mar de apoiadores gritava seu nome e o nome da banda, além de slogans pró-Palestina, quando Ó Hannaidh, que se apresenta sob o pseudônimo de Mo Chara , chegou. Ele estava cercado por uma multidão de fotógrafos e câmeras da imprensa.

Ó Hannaidh, 27, compareceu ao tribunal pela primeira vez em junho passado, onde foi liberado pelo juiz Paul Goldspring, e os argumentos legais para seu caso serão apresentados nesta audiência.

O músico foi acusado em maio passado de terrorismo por supostamente exibir a bandeira durante um show em Londres em 21 de novembro de 2024, na casa de shows O2, no bairro londrino de Kentish Town, quando, de acordo com a promotoria, ele também gritou "Up Hamas, Up Hezbollah".

A Polícia Metropolitana de Londres (Met) reforçou sua presença com dezenas de policiais que mantiveram os manifestantes longe da entrada do tribunal, embora o cantor tenha precisado de mais de um minuto para entrar no tribunal devido ao grande número de pessoas reunidas no local.

Também foram ouvidos gritos de "Libertem, libertem Mo Chara", incentivados pelo próprio grupo em sua conta no Instagram, onde, desde ontem, publica mensagens incentivando a população a comparecer à manifestação, como " Starmer é o verdadeiro terrorista. Defendam Kneecap".

"Se você ainda não entendeu, a acusação contra Mo Chara tem a ver com medo. Medo das vozes que se recusam a participar da fantasia de que o Reino Unido é um observador neutro", afirmou o grupo em uma publicação.

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O Kneecap ganhou destaque em 2024 por meio do filme homônimo, vencedor do BAFTA, no qual eles abordam com humor questões de identidade, políticas e sociais por meio de seu hip hop em língua gaélica, refletindo suas raízes na comunidade católica nacionalista da Irlanda do Norte.