O jovem Clayton Stephenson coloca o público em transe no festival Piano aux Jacobins em Toulouse

Elogiado por uma pesquisa municipal que o tornou o segundo evento favorito dos habitantes da Cidade Rosa, o festival Piano aux Jacobins, que Catherine d'Argoubet programa em Toulouse todo outono, continua sua descoberta de talentos para sua 46ª edição, até 30 de setembro. Foi assim que o jovem pianista afro-americano Clayton Stephenson estreou na França na quarta-feira, 10 de setembro, aos 26 anos. O concerto é transmitido ao vivo pela France Musique, o que visivelmente não impressiona o músico, cujo carisma natural captura a atenção do coral de Bach, "Jesus, my joy remains", extraído da cantata BWV 147, na versão transcrita para piano pela britânica Myra Hess (1890-1965). Som aveludado, legato flexível, profundidade suave do baixo, o fraseado exala, em interioridade e meditação, uma vocalidade à qual faltam apenas palavras.
A jornada do afro-americano é daquelas que quase nos fazem acreditar em milagres. Nascido em 26 de dezembro de 1998, na cidade de Nova York, em uma família monoparental muito modesta, o menino imediatamente se destacou por seu temperamento hiperativo e por uma série de alergias, incluindo asma debilitante. Para esse tipo de criança frágil, a música tem virtudes terapêuticas reconhecidas. Clayton começou a tocar piano aos 7 anos, no porão de uma escola de música em ruínas em Chinatown. Em casa, ele trabalhou em um sintetizador até a chegada de um velho piano vertical encontrado na calçada.
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Le Monde