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O retorno da Rádio França ao trabalho sob ameaça de greve por tempo indeterminado

O retorno da Rádio França ao trabalho sob ameaça de greve por tempo indeterminado

Esta segunda-feira, 25 de agosto, deveria ser o dia do lançamento da temporada da Rádio França. Mas o início do ano letivo promete ser agitado. Mais uma vez — uma greve anterior ocorreu em junho — os sindicatos convocam a mobilização contra os planos de reorganização mantidos pela direção. Espera-se que esta convocação para uma greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, interrompa a transmissão de programas, incluindo o programa matinal da France Inter. A esperada chegada de Benjamin Duhamel ao principal programa matinal do país foi manchada pelo clima social: o apresentador, que desertou da BFMTV, junta-se a Nicolas Demorand, após a saída de Léa Salamé para o noticiário das 20h na France 2.

Este chamado para uma greve não é uma surpresa e faz parte de um cronograma já estabelecido antes das férias de verão: o aviso de greve foi protocolado em 11 de julho pelos sindicatos. Em jogo estão diversas reformas buscadas pela CEO do grupo, Sibyle Veil. Entre as questões que estão causando atrito estão o fechamento da rádio Mouv'sur FM, mudanças editoriais na Ici (antiga France Bleu, a rede de rádios públicas locais) e a interrupção de programas investigativos e de reportagem.

Como o verão não conseguiu resolver os conflitos, os sindicatos confirmaram o chamado para uma greve na quinta-feira: "Pela primeira vez em nossa história recente, a temporada de rádio pode não começar", ameaçaram os sindicatos em um comunicado conjunto. Uma reunião final com a diretoria da Radio France na sexta-feira não considerou a suspensão do aviso prévio. "Por enquanto, a diretoria se recusa a fazer a menor concessão ou recuar nos projetos que são mais prejudiciais às equipes e às emissoras", lamentaram os sindicatos em um comunicado na noite de sexta-feira.

A direção do grupo, por sua vez, garantiu no sábado que "apresentou propostas sobre os diversos temas atualmente em discussão, com o objetivo de suspender o prazo de pré-aviso" , segundo a AFP. Por sua vez, a administração afirma estar pronta para continuar as negociações o mais rápido possível: "Uma reunião foi marcada em conjunto para segunda-feira. Há, de ambas as partes, o desejo de resolver a situação o mais rápido possível, no interesse dos ouvintes", continuou.

Uma primeira greve, amplamente acompanhada, ocorreu de 26 a 29 de junho. Foi imediatamente seguida por uma segunda, mas por um motivo diferente. A greve foi um protesto contra a proposta de reforma da radiodifusão pública apresentada pela Ministra da Cultura, Rachida Dati, que planeja criar uma holding, a France Médias, que supervisionaria a France Télévisions, a Radio France e o INA (Instituto Nacional do Audiovisual).

Após uma jornada parlamentar acidentada, espera-se que este texto retorne à Assembleia Nacional no outono. Foi aprovado em julho pelo Senado, onde os debates foram interrompidos pela decisão do ministro de usar o procedimento de voto bloqueado.

De acordo com as últimas medições de audiência da Médiamétrie, publicadas no início de julho, a Rádio França registrou uma temporada recorde de 2024-2025 em vários canais e a France Inter aumentou sua liderança como a principal estação de rádio do país.

La Croıx

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