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Cabo Verde decreta dois dias de luto após tempestade mortal

Cabo Verde decreta dois dias de luto após tempestade mortal

Cabo Verde decretou luto nacional de dois dias, a partir desta terça-feira, na sequência da passagem de uma tempestade que causou sete mortos e danos materiais nas ilhas de São Vicente e Santo Antão. Numa altura em que o Presidente José Maria Neves prepara uma deslocação à ilha de São Vicente.

As duas ilhas foram “severamente afetadas” na madrugada de segunda-feira por chuvas intensas, ventos fortes e inundações súbitas, resultando em “elevados prejuízos materiais” e em sete mortos em São Vicente, referiu o Governo de Ulisses Correia e Silva, em comunicado.

“O Governo manifesta o seu profundo pesar e solidariedade para com as famílias enlutadas e com todo o povo cabo-verdiano, no país e na diáspora, que partilham deste momento de dor”, adiantou.

Durante o período de luto oficial, iniciado às 00h00 de 12 de agosto, todos os edifícios públicos e representações diplomáticas e consulares de Cabo Verde terão a bandeira a meia-haste.

Serão também cancelados todos os espetáculos e manifestações públicas.

Pelo menos sete pessoas morreram na ilha de São Vicente devido a chuvas intensas, existindo registo de desaparecidos, danos em vias públicas, habitações e viaturas.

Num anterior comunicado, o executivo da Praia afirmou que declarou situação de calamidade nas ilhas de São Vicente e Santo Antão para poder acionar o fundo nacional de emergência e responder aos estragos provocados nas estradas, ruas e outras infraestruturas e acudir às “pessoas em situação difícil provocada pela intempérie”.

O Governo afirmou que a empresa Infraestruturas de Cabo Verde estará a mobilizar meios de intervenção em parceria com as empresas locais de construção civil para ações de emergência.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram ruas inundadas e casas parcialmente destruídas, com pavimentos e calçadas levantados e detritos espalhados, evidenciando a força das chuvas. Além disso, várias viaturas e estabelecimentos comerciais foram destruídos.

“Este é um momento que exige união nacional, solidariedade e ação concertada de todos para, juntos, ultrapassarmos esta tragédia”, acrescentou o executivo.

O ministro da Administração Interna cabo-verdiano, Paulo Rocha, alertou que o número de mortos pode aumentar, uma vez que ainda há pessoas desaparecidas.

“Em pouco mais de duas horas e meia de chuva intensa, acompanhada de muita trovoada, temos neste momento sete mortos confirmados”, afirmou Rocha, citado pela Rádio de Cabo Verde (RCV).

As operações no Aeroporto Internacional Cesária Évora, em São Vicente, estão condicionadas, anunciou a Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV).

A administradora do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) cabo-verdiano, Ester Araújo de Brito, explicou na segunda-feira que uma onda de leste, inicialmente prevista como pacífica e que por isso não justificou qualquer alerta, intensificou-se ao passar sobre as ilhas ocidentais, incluindo São Vicente, Santo Antão e São Nicolau, provocando precipitação intensa e trovoadas.

A responsável alertou ainda para o agravamento do estado do mar, com ondulação do sul entre 2 e 3,5 metros, recomendando atenção redobrada nas zonas costeiras do sul, especialmente nas ilhas mais meridionais.

O Governo português já expressou “profundo pesar pelas vítimas da tempestade”, apresentando “condolências às famílias, ao povo irmão cabo-verdiano e às autoridades, manifestando todas as formas de solidariedade”.

observador

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