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Faleceu o maestro alemão Christoph von Dohnányi

Faleceu o maestro alemão Christoph von Dohnányi

O maestro alemão Christoph von Dohnányi, antigo titular da Orquestra de Cleveland, morreu em Munique, no sábado, aos 95 anos, anunciou hoje a emissora pública Rádio Norte da Alemanha (NDR).

Titular da Orquestra de Cleveland, nos Estados Unidos, durante quase 20 anos, de 1984 a 2002, Dohnanyi afirmou esta formação entre as grandes orquestras mundiais.

Nascido em Berlim, em 08 de setembro de 1929, numa família anti-nazi, de origem húngara, neto do compositor e maestro húngaro Ernst von Dohnányi, Christoph inicou a carreira como assistente do maestro Georg Solti na Ópera de Frankfurt, no início da década de 1950, a quem sucederia como titular em 1968. Pelo meio, trabalhou com as óperas de Lübeck e de Kassel, na Alemanha, e a Orquestra Sinfónica da Rádio Oeste Alemã (Westdeutsche Rundfunk).

Em 1977, trocou Frankfurt pela Ópera Estatal de Hamburgo, deixando o cargo em 1984 para assumir a direção artística da Orquestra de Cleveland, uma das "cinco maiores" ("big five") dos Estados Unidos, com a Filarmónica de Nova Iorque, as sinfónicas de Boston e Chicago e a Orquestra de Filadélfia, sobretudo depois do trabalho empreendido pelo maestro húngaro-americano George Szell, de 1946 a 1970.

Em Cleveland, "Dohnányi manteve e consolidou os padrões de disciplina orquestral, aperfeiçoamento estilístico e absoluta consistência associados ao seu formidável antecessor, [o maestro] George Szell", escreveu a revista especializada britânica Gramophone sobre o maestro alemão. "É preciso dar crédito a Dohnányi por igualar e por vezes superar Szell em Brahms, Schumann, Dvorák, Bartók, Bruckner e Mozart".

Em 1994, Dohnányi passou a principal maestro convidado da Orquestra Philharmonia, de Londres, posição que reafirmou como maestro principal, em 1997.

Em 2004, regressou a Hamburgo para ser o titular da Orquestra da Elbphilharmonie da NDR, até 2011.

O Festival de Salzburgo, que içou a bandeira negra de luto pela morte de Dohnányi, lembrou hoje, em comunicado, as grandes produções dirigidas pelo maestro desde a sua estreia no festival austríaco, em 1962: "Die Bassariden", de Hans Werner Henze, "Baal", de Friedrich Cerha, "O Castelo do Barba-Azul", de Béla Bartók, "Erwartung", de Arnold Schoenberg, "Salomé", de Richard Strauss.

A última atuação de Dohnányi no Festival de Salzburgo data de 2014, quando dirigiu a Orquestra Filarmónica de Londres na Nona Sinfonia de Bruckner.

Hoje, o diretor-geral da NDR, Hendrik Lünenborg, lamentou igualmente a "grande perda" de "uma das figuras mais importantes da música internacional".

A Orquestra de Cleveland também reagiu hoje à morte de Dohnányi, recordando "o maestro visionário [que a] elevou à proeminência global".

“Christoph von Dohnányi foi um maestro e diretor musical sublime, respeitado em todo o mundo”, disse o presidente da Orquestra de Cleveland, André Gremillet. “O rico percurso familiar conferiu-lhe uma perspetiva musical única, e a Orquestra de Cleveland teve a sorte de o ter durante um período significativo da sua história. A arte e a dedicação do maestro Dohnányi suscitaram um profundo respeito mútuo dos nossos músicos, sentido pelo nosso público, que o admirava profundamente".

Entre os músicos portugueses que trabalharam com Christoph von Dohnányi destacam-se Joana Carneiro, maestrina convidada principal da Real Filarmonia da Galiza, e Nuno Coelho, maestro titular e diretor artístico da Orquesta Sinfónica do Principado da Asturias.

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O maestro alemão Christoph von Dohnányi, antigo titular da Orquestra de Cleveland, morreu em Munique, no sábado, aos 95 anos, anunciou hoje a emissora pública Rádio Norte da Alemanha (NDR).

Titular da Orquestra de Cleveland, nos Estados Unidos, durante quase 20 anos, de 1984 a 2002, Dohnanyi afirmou esta formação entre as grandes orquestras mundiais.

Nascido em Berlim, em 08 de setembro de 1929, numa família anti-nazi, de origem húngara, neto do compositor e maestro húngaro Ernst von Dohnányi, Christoph inicou a carreira como assistente do maestro Georg Solti na Ópera de Frankfurt, no início da década de 1950, a quem sucederia como titular em 1968. Pelo meio, trabalhou com as óperas de Lübeck e de Kassel, na Alemanha, e a Orquestra Sinfónica da Rádio Oeste Alemã (Westdeutsche Rundfunk).

Em 1977, trocou Frankfurt pela Ópera Estatal de Hamburgo, deixando o cargo em 1984 para assumir a direção artística da Orquestra de Cleveland, uma das "cinco maiores" ("big five") dos Estados Unidos, com a Filarmónica de Nova Iorque, as sinfónicas de Boston e Chicago e a Orquestra de Filadélfia, sobretudo depois do trabalho empreendido pelo maestro húngaro-americano George Szell, de 1946 a 1970.

Em Cleveland, "Dohnányi manteve e consolidou os padrões de disciplina orquestral, aperfeiçoamento estilístico e absoluta consistência associados ao seu formidável antecessor, [o maestro] George Szell", escreveu a revista especializada britânica Gramophone sobre o maestro alemão. "É preciso dar crédito a Dohnányi por igualar e por vezes superar Szell em Brahms, Schumann, Dvorák, Bartók, Bruckner e Mozart".

Em 1994, Dohnányi passou a principal maestro convidado da Orquestra Philharmonia, de Londres, posição que reafirmou como maestro principal, em 1997.

Em 2004, regressou a Hamburgo para ser o titular da Orquestra da Elbphilharmonie da NDR, até 2011.

O Festival de Salzburgo, que içou a bandeira negra de luto pela morte de Dohnányi, lembrou hoje, em comunicado, as grandes produções dirigidas pelo maestro desde a sua estreia no festival austríaco, em 1962: "Die Bassariden", de Hans Werner Henze, "Baal", de Friedrich Cerha, "O Castelo do Barba-Azul", de Béla Bartók, "Erwartung", de Arnold Schoenberg, "Salomé", de Richard Strauss.

A última atuação de Dohnányi no Festival de Salzburgo data de 2014, quando dirigiu a Orquestra Filarmónica de Londres na Nona Sinfonia de Bruckner.

Hoje, o diretor-geral da NDR, Hendrik Lünenborg, lamentou igualmente a "grande perda" de "uma das figuras mais importantes da música internacional".

A Orquestra de Cleveland também reagiu hoje à morte de Dohnányi, recordando "o maestro visionário [que a] elevou à proeminência global".

“Christoph von Dohnányi foi um maestro e diretor musical sublime, respeitado em todo o mundo”, disse o presidente da Orquestra de Cleveland, André Gremillet. “O rico percurso familiar conferiu-lhe uma perspetiva musical única, e a Orquestra de Cleveland teve a sorte de o ter durante um período significativo da sua história. A arte e a dedicação do maestro Dohnányi suscitaram um profundo respeito mútuo dos nossos músicos, sentido pelo nosso público, que o admirava profundamente".

Entre os músicos portugueses que trabalharam com Christoph von Dohnányi destacam-se Joana Carneiro, maestrina convidada principal da Real Filarmonia da Galiza, e Nuno Coelho, maestro titular e diretor artístico da Orquesta Sinfónica do Principado da Asturias.

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O maestro alemão Christoph von Dohnányi, antigo titular da Orquestra de Cleveland, morreu em Munique, no sábado, aos 95 anos, anunciou hoje a emissora pública Rádio Norte da Alemanha (NDR).

Titular da Orquestra de Cleveland, nos Estados Unidos, durante quase 20 anos, de 1984 a 2002, Dohnanyi afirmou esta formação entre as grandes orquestras mundiais.

Nascido em Berlim, em 08 de setembro de 1929, numa família anti-nazi, de origem húngara, neto do compositor e maestro húngaro Ernst von Dohnányi, Christoph inicou a carreira como assistente do maestro Georg Solti na Ópera de Frankfurt, no início da década de 1950, a quem sucederia como titular em 1968. Pelo meio, trabalhou com as óperas de Lübeck e de Kassel, na Alemanha, e a Orquestra Sinfónica da Rádio Oeste Alemã (Westdeutsche Rundfunk).

Em 1977, trocou Frankfurt pela Ópera Estatal de Hamburgo, deixando o cargo em 1984 para assumir a direção artística da Orquestra de Cleveland, uma das "cinco maiores" ("big five") dos Estados Unidos, com a Filarmónica de Nova Iorque, as sinfónicas de Boston e Chicago e a Orquestra de Filadélfia, sobretudo depois do trabalho empreendido pelo maestro húngaro-americano George Szell, de 1946 a 1970.

Em Cleveland, "Dohnányi manteve e consolidou os padrões de disciplina orquestral, aperfeiçoamento estilístico e absoluta consistência associados ao seu formidável antecessor, [o maestro] George Szell", escreveu a revista especializada britânica Gramophone sobre o maestro alemão. "É preciso dar crédito a Dohnányi por igualar e por vezes superar Szell em Brahms, Schumann, Dvorák, Bartók, Bruckner e Mozart".

Em 1994, Dohnányi passou a principal maestro convidado da Orquestra Philharmonia, de Londres, posição que reafirmou como maestro principal, em 1997.

Em 2004, regressou a Hamburgo para ser o titular da Orquestra da Elbphilharmonie da NDR, até 2011.

O Festival de Salzburgo, que içou a bandeira negra de luto pela morte de Dohnányi, lembrou hoje, em comunicado, as grandes produções dirigidas pelo maestro desde a sua estreia no festival austríaco, em 1962: "Die Bassariden", de Hans Werner Henze, "Baal", de Friedrich Cerha, "O Castelo do Barba-Azul", de Béla Bartók, "Erwartung", de Arnold Schoenberg, "Salomé", de Richard Strauss.

A última atuação de Dohnányi no Festival de Salzburgo data de 2014, quando dirigiu a Orquestra Filarmónica de Londres na Nona Sinfonia de Bruckner.

Hoje, o diretor-geral da NDR, Hendrik Lünenborg, lamentou igualmente a "grande perda" de "uma das figuras mais importantes da música internacional".

A Orquestra de Cleveland também reagiu hoje à morte de Dohnányi, recordando "o maestro visionário [que a] elevou à proeminência global".

“Christoph von Dohnányi foi um maestro e diretor musical sublime, respeitado em todo o mundo”, disse o presidente da Orquestra de Cleveland, André Gremillet. “O rico percurso familiar conferiu-lhe uma perspetiva musical única, e a Orquestra de Cleveland teve a sorte de o ter durante um período significativo da sua história. A arte e a dedicação do maestro Dohnányi suscitaram um profundo respeito mútuo dos nossos músicos, sentido pelo nosso público, que o admirava profundamente".

Entre os músicos portugueses que trabalharam com Christoph von Dohnányi destacam-se Joana Carneiro, maestrina convidada principal da Real Filarmonia da Galiza, e Nuno Coelho, maestro titular e diretor artístico da Orquesta Sinfónica do Principado da Asturias.

Diario de Aveiro

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