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Brad Pitt e Lewis Hamilton em um duelo na tela

Brad Pitt e Lewis Hamilton em um duelo na tela

Esta cena é hilária: na corrida mais importante do filme, Joshua Pearce está em um duelo com Lewis Hamilton, logo ele, em Abu Dhabi. Espera aí, quem é Joshua Pearce? Nenhum fã de automobilismo deve se preocupar se não souber o que pensar do nome. Joshua é um "novato", como o chamam, um novato arrogante, mas acima de tudo, um personagem fictício que precisa se transformar em um herói no sucesso de bilheteria "F1".

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Hamilton, por outro lado, como heptacampeão mundial de Fórmula 1, deve ser familiar até mesmo para aqueles que não gostam da ideia de pilotos correndo em círculos em veículos de alta tecnologia, queimando toneladas de combustível. A surpresa é que Hamilton também é um dos produtores desse espetáculo altamente aprimorado. Sem Hamilton, "F1" não teria sido possível desta forma: o campeão mundial recordista abriu caminho para que o filme mergulhasse no coração do automobilismo.

Até então, Tom Cruise era considerado um mestre em reduzir custos de produção por meio da publicidade de produtos. Em seus filmes "Top Gun", ele recebeu equipamentos militares caros, incluindo um porta-aviões, enquanto seus sucessos de bilheteria eram como um clipe de filme de duas horas recrutando tropas.

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"F1" faz algo semelhante para o automobilismo. O diretor aqui, assim como em "Top Gun: Maverick" (2022), é o americano Joseph Kosinski, e o diretor de fotografia é o chileno Claudio Miranda. O principal produtor por trás de ambos os filmes é Jerry Bruckheimer ("Pearl Harbor"), que também dirigiu o primeiro filme "Top Gun" em 1986.

As filmagens ocorreram ao longo de dois anos – interrompidas pelas greves de Hollywood – à margem de corridas reais, em intervalos minuto a minuto, em pistas autênticas, incluindo Silverstone, Monza, Budapeste e Las Vegas. Centenas de milhares de fãs nas arquibancadas gritaram de alegria. Vislumbres de pilotos famosos como Max Verstappen foram vislumbrados.

A equipe de filmagem fundou especificamente a equipe fictícia APXGP, com seu próprio box. A Mercedes modificou os carros de Fórmula 2 para que se parecessem com os de Fórmula 1 (velocidade máxima: 250 quilômetros por hora). O diretor usou câmeras na pista. Você se sente como se estivesse assistindo a um evento de Fórmula 1 e sentado no cockpit.

Já existe um piloto experiente, com um sorriso casual e travesso, que facilmente consegue ofuscar a tecnologia: Brad Pitt interpreta Sonny Hayes, um cowboy do asfalto bem-envelhecido que, apesar de toda a sua habilidade, nunca chegou ao topo do pódio. Ele nunca passou do auge simplesmente porque nunca o alcançou, diz a diretora técnica Kate (Kerry Condon) antes de ir para a cama com Sonny.

O jogador Sonny passou por várias quedas em sua carreira instável. Ele trabalhou como taxista por um tempo. Agora mora em uma van velha. E há esse trauma que o assombra desde o acidente.

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Fórmula 1 e Hollywood lado a lado: o piloto de corrida Max Verstappen (da esquerda para a direita) com os personagens do filme Joshua Pearce (Damson Idris) e Sonny Hayes (Brad Pitt).

Fórmula 1 e Hollywood lado a lado: o piloto de corrida Max Verstappen (da esquerda para a direita) com os personagens do filme Joshua Pearce (Damson Idris) e Sonny Hayes (Brad Pitt).

Fonte: IMAGO/Landmark Media

O primeiro nome que me vem à mente é o do piloto monegasco Louis Chiron: em 1955, aos 56 anos, ele competiu em seu último Grande Prêmio, tornando-se o mais velho competidor de Fórmula 1 até então em um campeonato mundial. Seu apelido era "Velho Raposo". Sonny também é homem (Pitt tem 61 anos). Ele tem manobras como ninguém e também acerta em cheio nas palavras: "Às vezes é preciso perder para ganhar".

O fato de alguém como Sonny ter a chance de retornar à Fórmula 1 se deve ao desespero de seu velho amigo Ruben Cervantes (Javier Bardem). Sua equipe de corrida, a APXGP, está à beira do colapso devido à falta de sucesso. Sonny precisa marcar os pontos urgentemente necessários e liderar o jovem talento Joshua (Damson Idris) ao topo. Naturalmente, os dois não se dão bem no início.

Os americanos adoram histórias em que heróis aposentados se exibem para as gerações mais jovens e encenam um retorno improvável. Boxeadores como "Rocky" nunca desistem. E o presidente dos EUA, Donald Trump, também não retornou ao Salão Oval?

Em uma ilustre prévia do Grande Prêmio de Mônaco, quase toda a elite do automobilismo estava no cinema. As reações quanto à credibilidade do filme foram, segundo relatos, mistas. O que talvez tenha desagradado ainda mais aos cavalheiros foi o fato de terem sido relegados a figurantes, ultrapassados ​​ou vítimas de acidentes provocados por Sonny por razões táticas. Ninguém precisa temer essas estrelas.

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A questão mais importante, no entanto, é se o rugido dos motores, com duração de duas horas e meia, atrairá um público fora do mundo das corridas. A história é previsível do início ao fim. No entanto, oferece alguns insights dos bastidores: um investidor usa truques sujos, incluindo espionagem industrial. E as cenas de corrida são fenomenais.

Fãs de "Fridays for Future" devem ficar de fora: a obsessão bilionária pela velocidade está sendo celebrada com fervor. Em vez disso, você pode testemunhar Sonny vivenciando um momento de silêncio absoluto em meio ao rugido dos motores...

“F 1”, dirigido por Joseph Kosinski, com Brad Pitt, Javier Bardem, Damson Idris, 155 minutos, FSK 12

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